sábado, 8 de novembro de 2008

Confuso

Meu pensamento anda muito mais a desejar
Do que ter-te dessa forma
Presa em mim e assim em meu lar
Meu pensamento não anda pois não
Tem como seu desejo movimentar
O movimento que ele faz e somente em ti pensar

Meu desejo que tanto quer ousar
Pensa que e meu coração
E assim ele não pode pensar
Pois desejo não pensa só sente querer
E o meu hoje acordou tão confuso
Querendo outro dia fosse
Meu pensamento para pensar em você

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Versos Perdidos

Meus versos perderam-se
E não me resta quase nada
Os telegramas que escrevi
Soaram como outras palavras
já não adianta inovar minha alma
Plantar flores onde o asfalto não para
O meu amor, minha flor,
Como eu chamava minha menina
Rasgou os detalhes de cetim
Onde o meu peito abrigava
Fiz entre outras, esta canção
Pensando na minha estrada com sol
Pois quando ela dorme ao meu lado
Sinto-me alado um ser alado e vivo
Transformo lágrimas em canções
E o meu ser no seu templo e abrigo

Para Luana Conti.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Pedro

UM SORRISO,UM GOLE DE VINHO E O GOSTO
DE UM NOVO AMIGO COMO VELHO FOSSE
CARICATURAS NASCEM DOS SEUS OLHOS
POR SUAS MÃOS SÃO POSTAS A VENDA
NÃO HA VENDAS NOS OLHOS DE QUEM
ESSAS ARTES CONTEMPLA
MAIS UM GOLE DE VINHO
E UM SORRISO COMPOSTO
POR QUEM DESENHA COM O CORAÇAO
OS TRAÇOS QUE A VIDA LHE TROUXE
"CRIANDO ARTE COMO DEUS FOSSE
DANDO VIDA AOS ARES DO RIO"
ONDE UM FILHO NASCEU E TORNOU-SE
PRIMOGENITO EM SUA VIDA
E UMA NOVA VIDA LHE TROUXE
UM SORRISO DOCE POSTO
NOS RETRATOS PENDURADOS
SOB O OLHAR DE SANTA TEREZA
QUE LHE AVIVA OS OLHOS
QUANDO SUA ARTE ESTA SOBRE A MESA


Para Pedro Echavarren

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Flores

Eu posso te mandar flores
Te desejar amores
Para quando tua alma acordar
Te roubar as dores
Afim de não te ver chorar
Criar louvores para o teu olhar
Apagar a saudade
Levar-te de volta para tua cidade
Quando tuas mãos eu tocar
Desenhar castelos
Emoldurar o céu por onde tu passar
Eu posso tragar o teu cheiro
Esperar janeiro para te ver chegar
Refletir sobre teus olhos
Sonhar com teu sorriso espelhado no meu olhar
Sentir anseio esperando a meia-noite virar
Eu posso te mandar flores,mas não posso teu cheiro guardar


Para Fulô de Avelã

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Entre Nós

O que meus olhos vêem quando eu vejo você
Vejo teus olhos lerem o que não sei dizer
Minha alma transita entre o meu e o seu querer
viaja miléssimos de segundo até encontrar você
Onde leio o que teus olhos podem me dizer
Guardo em mim tudo de ti que eu possa ver
Somo com os meus desejos e torno a viver
Preso nos teus carinhos,no seu ninho ao amanhecer
Viajo nos teus olhos quando neles eu posso ver
O meu ser refletido pelo teu imenso querer
Querer ter em mim sempre o desejo de ser
Eterno no teu presente e nele para sempre viver
Agregado a tua lingua e a tua forma de me notar
Teus pensamentos sobre mim e o que eles vierem a reinar
Preso diante de teus olhos não há como negar
Que para sempre ter essa imagem refletida no meus olhos
Só me basta aos teus encontrar

domingo, 12 de outubro de 2008

Chuva e Mar

Sal,chuva e mar
Restes de sol que mudam o meu olhar
A cor muda quando olho você a me vigiar
Muda o meu espírito e minha forma de pensar
Sobre as coisas da vida e as cores do seu lar
Sobre os dias de hoje e dias a te esperar
Mar, às vezes sem chuva e melhor nadar
Ancorar-me em tuas pernas
E o teu ser acariciar criar desejos e teus beijos tragar
Inalar todo o oxigênio que tu possas me dar
Sentir a pulsação de tuas mãos procurando o meu paladar
Escorrendo pelo meu ser como se chuva fosse
Percorrer todo o meu corpo e na minha boca virar um doce
Para sempre a mais amar
Perdido nos teus olhos quando for dias de chuva com o sal do mar

sábado, 4 de outubro de 2008

Ando pelas ruas [ a espera]

Ando pelas ruas, entre vielas,
Ladeiras sob escadarias
Praças distantes e por elas
Vi um olhar clarear minha vista
Por um instante
Traguei o perfume que veio pelo ar
Que tomou conta do meu corpo
E me fez viajar na idéia de me afogar nos olhos
De quem vi a me vigiar
Olhando-me pelo espelho
Pensando em sê-lo moldurada pelo meu olhar
Atravessei túneis à procura
Do ser que trago no anseio
De na hora certa encontrar
Fazê-la diferente aos meus olhos
Neles sempre a carregar
Levá-la por entre praias
Até mesmo nos meus sonhos
Vir meus beijos descansar
Sobre a pétala dos seus seios
Quando no seu ventre me findar

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Nossas Mãos

Mãos soltas a pairar
Sob a chuva que escorre
Pela janela do lado de lá
Mãos que buscam sentido encontrar
Quando juntas de outras acordar do lado de cá
Provocam arrepios
Sondam sigilos aos olhos de quem amar,
Atravessam tecidos, morrem nos rios,
Das almas ao luar
Tornam-se portos seguros alheios ao mar
Socorrem desejos vivem entre anseios
De não conseguir encaixar-se
E encontrar a palma certa
Para os dedos desenhar
Andar dadas pelas praias
E nadar dos olhos de quem as amar

domingo, 28 de setembro de 2008

Soldado de Chumbo

Futuro distante
Que me persegue
Esperando que eu acorde e cante
Que eu tenha acordes
E lance em notas
E transforme-as em canções
Recite nelas versos
E desses faça bordões
A espinha me dói
Corrói assim meu espírito
Como quebra-nozes
Sinto-me um soldado aflito
De não poder bailar junto do ser que recito
Sempre a amar mesmo estando perdido
Por ruas frias e desertas
E sem nenhum olhar
Para iluminar minhas mãos e clarear minhas idéias
Dar sentido a minha direção
Guiar-me pelos caminhos onde não haja solidão
Somente almas para amar e sorrisos para aquecer o nosso lar

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Chão de estrelas

Já não acordo ao lado
Aonde o meu peito no teu ser aconrava
Ando vagando por entre ruas
Longe da sua morada
Longe do chão coberto de estrelas
Que por entre as frestas entrava
E você distraida pisava sobre elas
Sem ver que era o meu ser que te iluminava
Por entre as noites frias
Por entre as manhãs de aurora
Envolto nos lençóis dos teus cabelos
Sentido desejos de viver até o fim da estória
Até um novo começo nossos dias de glória
Filhos que viriam desse apreço
Abençoados por nossas vitorias
Em janeiro ou março brilhando pelo espaço
Sonhando em sermos eternos
No presente que nos foi dado
Colhendo sementes do nosso futuro planejado

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Jasmim

Quando meu corpo deito
Vem a mim o desejo de tê-la
Envolta em meus braços
Sentir de ti o cheiro
Do teu corpo como se jasmim fosse
Despí-la e tocar teu rosto
Molhar o teu sorriso com meus beijos
Sentir de ti o gosto que guardas para que eu goste
Sentados vejo que a sorte me pôs ao seu lado
De cultivar risos e espalhar abraços
De despertar desejos e vivencia-los
Andar de encontro a estação
Em noites frias, de calores, de verão,
Quado acordo sinto me abençoado
De tê-la no pensamento quando meus olhos abro
Esperando o cair da noite para tê-la ao meu lado


[Para Meu Jasmim]

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Farol

Ando a voar sobre o mar do teu silêncio
Sobre teus ares de perfeição
Sigo sonhando em alcançar a tua mão
Levar-te pelos mares de minha criação
Torna-te o farol de minha vida
Minha guia até a perfeição
De viver sempre ao teu lado
Até o firmamento ou além então
Ando consumindo os dias e
As horas que passam a fio
Como se destino fosse ter sofrimento
E depois vir de ti o doce
Para embebedar meu lábios
Adoçar minha vida guiar meus passos
De mãos dadas com tua vinda
Pelas horas, pelas ruas, pelas dunas a fora
Andar nos desertos,tendo teu ser perto
Sinto-me incansavél, equilibrado e exaltado
De ser abençoado pelo teu sorriso
Quando em teu olhar inicio meu paraiso

domingo, 24 de agosto de 2008

Ms. Andrade

Não quero atrever-me a sonhar

Com teus olhos distantes

Com tua forma de falar

Hei de ficar em silêncio

A observar que raios

A tua face cobrirá

Nas manhãs de um futuro

Quando longe de mim você acordar

Mesmo estando o tempo todo

Acordado para te ver sonhar

Espelhando sua beleza pelos espelhos

E pelas réstias do meu olhar

Espero ter certeza

De um dia haver clareza na minha face

Quando em um carnaval eu te encontrar

sábado, 16 de agosto de 2008

Entre Praias

O gosto do seu sorriso
E o tom de sua pele
Dourada sob o sol da manhã
Quando viestes em meu peito
Ancorar o dom do seu amor
As sandálias cobertas de areia
Por onde teus pés caminhavam
Entre as conchas, divagando, devagar,
Por entre praças, entre praias,
O sal do teu olhar
E a doçura da sua boca
Trouxe para mim o gosto
Do novo como se destino fosse
Ter o seu calor em mim
E minha vida no seu amor
Coberto pelas restes de sol
A sós,sonoros voz
Acordados sonhando em sermos nós

®

Para o meu sorriso doce.(como se Cássia Eller fosse)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Saquarema

Minha primeira vez, minha única vontade,

Meus olhos vagueiam

Por via dos teus olhares

Meu corpo permanece atado a essa imagem,

O amor perpetuou-se na nossa linguagem,

Os dias pareciam uma imensa viagem,

As horas lá fora corriam mudando a cidade

Eu preso ao teu corpo, minha vaidade,

Os meus beijos preso ao teu ser,

E você solta em minha realidade

Fazendo-me ter asas e voar

Pela minha ansiedade

E tanto amor em mim ainda por nascer

Esperando que para sempre

Em meu peito, o teu corpo se ancorasse,

Distante desse amor desconheço quem eu sou

Não acredito em outra verdade

®

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Santana


Acordou

Abriu os olhos e levantou

Tomou banho antes fosse de chuva

Abraçou os lábios sentiu o gosto de uva

Tomou café embebedou-se de amor

Sentindo o carinho do seu protetor

Cresceu e maior tornou-se

Com os anos chegados

Com os dias de calor

O tempo em si tornou-se um velho companheiro,

Os dias na memória

Fotos de janeiro

Chás a tarde amigos à mesa

Sorrisos constantes

Almas abençoadas de leveza

De mãos dadas pela cidade

E o mesmo sonho de viver

Para sempre uma eternidade

Para Sr° Santana ®

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Na Urca


Atirei-me ao mar revolto

Enquanto você me olhava

Sentada sobre nossa canga

No momento em que me arriscava

Nadar sobre as ondas de águas não claras

Os teus olhos seguiam-me

Quando de longe você me vigiava

Esperando ter certeza

De que eu era tudo que lhe faltava

O sal dos teus lábios (A doçura do teu amor)

Trouxe para mim a clareza que tanto esperei

Quando em uma baía de águas claras

Junto ao teu corpo mergulhei

Banhados pelo mar da Urca

Que mais tarde seria nossa inspiração

Deitados de mãos dadas

Na areia de frente para o mar

Fazendo planos e castelos

À espera do futuro que virá

Longe de nossa morada

Onde fiz de ti meu porto

O meu forte e a minha perdição

®

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amada Amadora


Um cheiro um gosto tornam-se,

Passos ao desejo posto

Olhos fechados esperando

O pousar dos meus lábios

Quando tua boca acordar

A busca percorre as vias do teu corpo

Dos pés aos teus olhos eu esboço

Um mapa com minhas mãos

Moldando no meu coração

O quadro do teu sorriso

Iluminado pela luz que demora ir

Quando teu corpo acorda

Junto a mim nos tornamos um

A obra vira pintor

Muda a rota,

O mundo lá fora,

A nossa viagem continua aqui

À milhas do sol

Quando acordamos a sós

Com os olhos voltados para o corcovado

®


domingo, 10 de agosto de 2008

28 de Agosto

Voltando novamente ao inicio do meu sentido.

Augusto Agosto aos gostos
Anjos são decibéis acima dos homens
Jornal numa esquina
De uma certa rua Visconde
Agosto ao Deus peço o gosto
De não tornar-me mais um homem perdido
Entre tantos que de esquina em esquina somem
De Agosto dez de Agosto
Até poderia ser vinte e oito
Todos se tornam os melhores dias
Quando se tem ao lado o bom gosto
De um anjo Augusto
Um Cartola um Otto
Outrora ouvindo alvorada
Como se fosse drum-bass in bossa

®